Intervenção do Deputado Municipal Rui Costa na Sessão Ordinária de 10 de Dezembro de 2012
"O Sr. Deputado Municipal Rui Pedro Costa Lopes (BE)
apresentou a reflexão que a seguir se transcreve: “Esta intervenção prende-se
com uma reflexão sobre o centro histórico da cidade. Atualmente já estão em curso, e em boa hora, as obras de
requalificação do centro histórico, que permitirão
dar outro arranjo e outras condições ao centro histórico da cidade de S. Pedro
do Sul. Portanto, este centro histórico da velha vila de S. Pedro do Sul tem
sido fustigado por uma grave desertificação.
Cada vez menos gente mora no centro histórico, cada vez são mais as casas vazias, cada vez é menor o comércio no centro histórico e
pese embora estas obras, que em boa hora
vêm, não se vislumbra uma estratégia de fundo para reabilitar humanamente e
para reabilitar do ponto de vista dos
investimentos privados este centro histórico. É evidente que é um investimento suportado por fundos comunitários mas não deve
ser um investimento que deixe de contemplar
a necessidade de fixar população e de fixar serviços nesta zona. Temos já uma experiência
bem perto de nós, de uma requalificação do centro histórico, mais ou menos bem conseguida do ponto de vista das obras públicas, mas
porventura pouco eficaz quanto à dinamização
do comércio e da habitação nessa zona. Refiro-me como é evidente ao centro histórico
de Viseu. Essa estratégia urge, é evidente que, para os padrões atuais de vida,
habitar na rua Direita não será porventura o mais atrativo. As casas têm uma
traça própria, têm dimensões de fachada muito próprias, normalmente estreitas.
É uma zona pouco iluminada em função da altura dos prédios e a verdade é que é
preciso encontrar soluções para dinamizar essa zona. Não podemos conceber que o
centro histórico de S. Pedro do Sul passe a ser uma espécie de zona fantasma desta cidade. Os problemas são por demais
evidentes. O estacionamento também é outro problema que se colocará, e o
próprio esquema de circulação de trânsito que eventualmente se encontrar, vai
ser mais que um óbice a essa revitalização. Hoje gostava de vos deixar soluções ou de ter a varinha mágica para a resolução desse
problema. Infelizmente não a tenho.
Entendemos, como aliás fizemos em sede de audiência prévia para o orçamento,
que algumas medidas de caráter parafiscal, designadamente nas taxas, poderiam
constituir um incentivo, mas não serão tudo. Agora o que é importante é que de
facto esta reflexão se faça porque se passaram 10 anos. Passaram-se 10 anos de
diminuição de população, passaram-se 10 anos
de diminuição do nº de estabelecimentos comerciais, e passaram-se 10 anos sem
que esse 263 debate fosse travado pelos agentes
políticos. Basta lembrarmo-nos das assembleias municipais dos últimos 10 anos para ver que assistimos a tudo isto sem
produzir uma reflexão minimamente séria, profunda sobre esta matéria."
Sem comentários:
Enviar um comentário